sexta-feira, 9 de novembro de 2012

BNDES/Fundo Amazônia aprova o 1º Lote de Projetos Pré-Selecionados pelo Comitê Gestor Fundo Dema Quilombola

Projetos receberão cerca de R$ 95 mil em recursos


Quatro comunidades quilombolas do Pará tiveram seus projetos aprovados na “Chamada Socioambiental nº 1”, do Fundo DEMA/Fundo Quilombola, via contrato FASE/BNDES/Fundo Amazônia. O lançamento da Chamada pública ocorreu em 18 de novembro de 2011 e desde então, as comunidades tem se esforçado para a habilitação de acordo com as exigências e especifidades do Fundo Amazônia. Os recursos a serem repassados somam cerca de R$ 95 mil.

Segundo a coordenação do Fundo Dema Quilombola, os projetos aprovados se localizam nas cidades de Santarém, Gurupá e Viseu.

Abaixo, o mapa com a localização e informações sobre os projetos aprovados 


Visualizar Chamada Socioambiental nº 1 - Fundo Dema Quilombolas do Pará em um mapa maior

Projetos aprovados:

Nº do Projeto: CPFDQ I /ANO 2011/NP-06
Título do projeto: Biofloresta: Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade na Comunidade Quilombola de Murumurutuba.
Entidade proponente: Associação Quilombola de Murumurutuba.
Localização do projeto: Região do Planalto Santareno, município de Santarém/PA.
Valor do projeto: R$ 29.777,50 (incluindo R$ 6.722,00 de contrapartida)

Nº do Projeto: CPFDQ I /ANO 2011/NP-01
Título do projeto: Casa e Forno Ecológico Eficiente de Farinha
Entidade proponente: Associação das Comunidades dos Remanescentes de Quilombos de Gurupá – ARQMG
Localização do projeto: Município de Gurupá (PA)
Valor do Projeto: R$ 28.800.00 (incluindo R$ 4.800.00 de contrapartida)

Nº do Projeto: CPFDQ I /ANO 2011/NP-03
Título do projeto: Casa e Forno Ecológico Eficiente de Farinha
Entidade proponente: Associação das Comunidades dos Remanescentes do Quilombo do Jocojó – ARQJO
Localização do projeto: município de Gurupá (PA)
Valor do Projeto: R$ 28.800.00 (incluindo R$ 4.800.00 de contrapartida)

Nº do Projeto: CP-FDQ I /ANO 2011/NP-08
Título do projeto: Reflorestamento e Recuperação com Adubação Orgânica de Áreas Degradadas na Comunidade Quilombola de Vila Mariana.
Entidade proponente: Associação Quilombola da Vila Mariana - AQUIMARI.
Localização do projeto: Comunidade Quilombola de Vila Mariana, município de Viseu, Pará.
Valor do projeto: R$ 30.500,00 (incluindo R$ 6.500,00 de contrapartida)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Projetos indígenas aprovados no FIX/Fundo Dema recebem formação em Altamira


No encontro também foi anunciado para maio de 2013, o lançamento da primeira Chamada Pública para indígenas com recursos do contrato FASE/Fundo Amazônia-BNDES 


Lideranças indígenas se qualificam para a gestão de projetos.
O encontro, organizado pelo Comitê Gestor do FIX , finalizou o processo de aprovação dos três projetos indígenas selecionados na reunião deliberativa do Comitê, realizada em Setembro de 2012, também em Altamira. Representantes dos três projetos aprovados para receberem recursos do Fundo Indígena do Xingu (FIX/Fundo Dema) apresentaram as complementações na formulação dos projetos solicitadas pelo CGFIX e participaram da oficina de capacitação em prestação de contas, na última semana de outubro, em Altamira. 

Os projetos aprovados foram: “Criação de Galinhas Caipiras” da Associação Agrícola Nativa AKANEMÃ, da aldeia Cujubim; o projeto de “Fortalecimento da Associação Comunitária Indígena Tapiete (ACIT)”, da Aldeia Baú; e o projeto “Sidjá Pwya Rirri - Artesanato indígena”, da Associação dos Índios Moradores de Altamira (AIMA). Todos os projetos serão devidamente acompanhados, para sua plena execução e fortalecimentos das associação proponentes. 

Para Luiz Xipaia, presidente da AIMA – Associação de Indígenas Moradores de Altamira , uma das beneficiadas, o fortalecimento étnico cultural é o que se pretende a partir da execução do projeto. 
Ele explica que além da produção de artesanato e a geração de emprego e renda para a população indígena que mora na zona urbana de Altamira. 

O projeto tem o nome “Sidjá Pwya Rirri”, que significa artesanato indígena, pois visa o resgate e fortalecimento da identidade indígena e também fortalece a produção do artesanato indígena para o comércio regional. “Queremos que a comunidade saiba de que o artesanato, o grafismo indígena, e a produção de material ecológico, fazem bem para a comunidade, e que essa certeza se perpetue dentro dos jovens, junto ao sentimento de orgulho indígena”, disse Xipaia. Ele disse ainda que o seu povo vem sofrendo com os diversos impactos dos grandes projetos na região e que por isso, o fortalecimento da sua cultura, vai garantir também a preservação de seu povo. 

Durante o encontro em Altamira, um dos pontos altos de discussão, foi o fortalecimento do próprio FIX. Segundo o CGFIX, diversos encaminhamentos foram propostos, entre eles: 
  • O empenho pela renovação dos recursos do FIX, por meio de reivindicações de madeira confiscada pelo IBAMA; e 
  • Esforços para tentar renovar a contribuição da Fundação Ford no sentido de manter a agilidade do Fundo. 

Novas fontes de financiamento para indígenas em 2013 


Ainda de acordo com as deliberações do CGFIX, o Fundo Dema/FIX pretende lançar, em maio de 2013, a 1ª Chamada Publica para povos indígenas, com cobertura do contrato FASE-BNDES/Fundo Amazônia, na qual poderão concorrer cerca de 20 associações mobilizadas pelos indígenas que integram o Comitê Gestor do FIX. 
As associações indígenas participam das oficinas.
Para essa Chamada Pública estarão incluídas territórios indígenas das áreas abrangidas pelo Fundo Dema, com o destaque da região Xingu paraense e das regiões do Tapajós e Baixo Amazonas. 
A previsão é de que por ocasião do lançamento da Chamada Pública, se realize uma oficina de capacitação para representantes das Associações indígenas mobilizadas pelos índios do próprio Comitê, visando a elaboração de projetos, seguindo o passo-a-passo dos roteiros e especifidades dos financiamentos do Fundo Dema/Fundo Amazônia. 

As oficinas de capacitação são uma das essências do Fundo Dema, pois por meio dessas formações se objetiva o empoderamento e qualificação das associações, para elas se tornem aptas a concorrer não só os financiamentos do Fundo Dema, mas quaisquer fundos e editais existentes.